O vazio, fora do lugar.
Um exercício sobre a alienação do ser humano quando privado da sua identidade - sobre a reclusão, o abandono e o vazio, num local onde tudo parece suspenso num tempo perdido no silêncio.
Nada se mostra diretamente, tudo se insinua. Nas sombras, nas texturas das paredes, nos sinais deixados pelo tempo.
Por breves instantes, surgem referências distorcidas da presença humana, como se resistissem a ser registadas, e logo se dissolvem.
Este é um mergulho íntimo num lugar fora do lugar, onde a identidade foi, tantas vezes, apagada. Uma travessia por uma névoa lenta, densa e inquietante, de um espaço esquecido, ignorado, como tantos dos que por ali passaram.
